- Observatorio Social da Covid-19
Cromossomo virótico
Eni Carajá Filho – Mestre em Cultura Popular de Belo Horizonte Graduando em Antropologia Social - UFMG
Respiração represada em plástico bolha.
Cromossomo enfrentando máscaras coladas no rosto.
É o espanto popular se expandindo em trevas.
Incerteza implacável diante da possibilidade de fuga.
Mas fugir não significa enfrentar e sequer combater esse mal.
São vinte e um motivos para ultrapassar essa barreira do som.
Autonomia registrada nos noticiários pandêmicos.
Viver significando troféu no observatório de uma corrida iniciada.
Segundos demorados na percepção do que é fitar em si mesmo.
Desprender de coisas fúteis, inservíveis e mirar na mistura alheia.
Aglomeração de palavras e ondas solitárias deixando areias limpas a chegar.
Neste campeonato vejo vírus derrotado e um sistema que ficou.
Nada custa em nadar na esperança de um novo normal sem igual.
Xícaras cheias de café retumbando o ar no peito, oxigênio para todos sem bala.
Engrenagem do tempo represadas que ficaram para trás sem nada representar.
Enquanto estimula armas letais, meus livros e suas flores valem mais vida.
Trazer sabedoria em vírus comunista melhor que superar este teu lado negacionista.
Podres poderes esvaídos na taça conquistada em energia sem rebaixamento.
Ser humano é ser sem curvar ao poder da doença sempre a superar.
Enquanto uns estimulam a abertura para a morte, duzentos e quarenta mil em litisconsorte.
Palavras emboladas proferirão preferindo em emoção reconhecer o poder da união.
Pai que enfrenta Tsunami da geografia mundana a mostrar o gostar da sanha humana.
Derrotar a xenofobia racista e completa em imoralidade, assim nem o vírus aguenta tanta perversidade.
Continuo no planeta você se tornou extraterrestre pois sua terra quadrada a quem sempre conteste.